Perdão e conversão na política: mundano ou sagrado?
O conteúdo paulino dos acordos políticos. Maragatos e Pica-paus, degola, ódio, intolerância política e a execução do pai de Leonel Brizola.
Palavras-chave:
Dialética hegeliana, Princípio da Impermanência, Alianças políticas., Adversários., Correntes políticas opostas, Ideologia oposta, Ato dos Apóstolos, Leonel Brizola., Revolução Libertadora de 1923.Resumo
O embate entre duas visões opostas e o enfrentamento renhido na política são as faces mais visíveis da atividade humana de busca pelo poder. A produção dos atritos entre lideranças, partidos políticos, campos ideológicos ou de interesses opostos gera chagas profundas. Adversários, entretanto, por vezes, encetam alianças a partir de reconciliações que pareciam ser impossíveis, como a união entre Maragatos e Chimangos no final da década de 1920 no Rio Grande do Sul, cujo fruto mais proeminente é a ascensão de Getúlio Vargas ao poder. O perdão e a conversão na política são manifestações humanas derivadas apenas do seu senso pragmático, do seu instinto de sobrevivência? A partir das Revoluções gaúchas de 1893-1895 e 1923, bem como da execução do pai de Leonel Brizola nos estertores da Revolução Libertadora no Rio Grande do Sul, e a posterior adesão de seu filho ao trabalhismo getulista, o fenômeno é analisado, tendo como pano de fundo a conversão de São Paulo.